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O cantor e compositor Carlos Dafé, ícone da música negra brasileira, lança o single “Bloco da Harmonia”, uma celebração vibrante ao espírito coletivo e à tradição do samba-enredo. A faixa integra o aguardado álbum Carlos Dafé JID025, que chega às plataformas em 17 de outubro de 2025, pela Jazz Is Dead.

“Bloco da Harmonia” é uma ode à alegria contagiante do Carnaval brasileiro. Inspirada pela homenagem que Dafé recebeu do bloco paulistano Muriçoca Soul no Carnaval de 2023, a música retrata a energia dos desfiles, a elegância do Mestre-Sala e da Porta-Bandeira e o pulsar da bateria. Com arranjos orquestrais analógicos e luxuosos assinados por Adrian Younge, a faixa funde samba tradicional com elementos de soul e jazz, evocando uma atmosfera ao mesmo tempo nostálgica e inovadora.

Para Dafé, a composição nasceu da mistura entre vivências pessoais e memória afetiva: “A princípio, achei que fosse um samba americanizado, mas quando senti a cadência, percebi que era um verdadeiro samba-enredo, desses que permitem aos passistas dançarem com nobreza. É algo que se perdeu com o tempo, mas que eu quis trazer de volta.”

Com sua voz marcante e olhar atento às raízes do samba, Carlos Dafé reafirma sua relevância artística em “Bloco da Harmonia”, uma faixa que convida à celebração, à comunhão e à beleza do ritmo que pulsa nos corações brasileiros. O single antecipa a chegada do álbum Carlos Dafé JID025, um encontro entre tradição e experimentação sonora.

Sobre Carlos Dafé

Carlos Dafé nasceu em Vila Isabel, no Rio de Janeiro, em uma família onde a música e a poesia eram parte do cotidiano. Incentivado pelos pais desde cedo, começou a se destacar musicalmente ainda na infância, estudando no Conservatório de Música aos 11 anos e tocando em conjuntos e orquestras aos 14. Em 1970, participou de uma turnê com o grupo Fuzi 9 do Corpo de Fuzileiros Navais e teve uma de suas composições como tema de filme. Ao longo da carreira, consolidou-se como figura central da soul music brasileira, sendo apelidado por Nelson Motta de “O Príncipe da Soul”.

Reconhecido por sua contribuição à música negra no Brasil, Dafé recebeu homenagens como o título de Cidadão Paulistano e o Prêmio Orilaxé do AfroReggae. Sua influência foi destacada em depoimentos de artistas e na canção “Dafé e Carlos”, composta por Jorge Aragão. Em 2021, foi um dos protagonistas do documentário Trem do Soul, que relembra o movimento musical negro e periférico carioca dos anos 1970, do qual ele foi um dos pilares, ao lado de nomes como Tim Maia, Cassiano e Banda Black Rio.

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