Projeto Engenhoka, do Instituto Burburinho, une arte e tecnologia para ensinar crianças a criar e programar suas próprias invenções

Alunos da rede pública do estado de São Paulo estão aprendendo técnicas de robótica e artes visuais em um projeto inovador de cultura maker. O Engenhoka é uma iniciativa pioneira do Instituto Burburinho Cultural, referência em unir projetos de impacto sociocultural unindo educação e tecnologia. As aulas começaram neste mês de agosto e vão até dezembro em Santana do Parnaíba e Guarujá. Aprovado pela Lei de Incentivo à Cultura, o Engenhoka conta com o apoio de grandes empresas, como Google, Fundação Siemens, Simpress, Digix e Wilson Sons.

O Engenhoka parte de aspectos da robótica, como mecânica e eletrônica, para instigar os alunos a resolver situações do cotidiano. Além de conhecer os conceitos teóricos, os alunos colocam a mão na massa, construindo e programando robôs. As bases pedagógicas são inspiradas nas obras de grandes artistas e pensadores conhecidos por mudar paradigmas, como Leonardo da Vinci, Alexander Calder, Joan Miró Marcel Duchamp, Lygia Clark e Vik Muniz.

Ao longo do curso, os alunos passam por módulos com desafios práticos, onde são instigados a trabalhar a curiosidade e a sensibilidade. Segundo o Instituto Burburinho, cada escola herdará um laboratório equipado após o encerramento das atividades do Engenhoka.

“Acreditamos que arte e tecnologia, quando trabalhadas corretamente, são ferramentas de ensino transformadoras e acessível para alunos e professores”, destaca Priscila Seixas, CEO do Instituto Burburinho Cultural. “Vamos mostrar ainda como o primeiro contato com a ciência pode criar nos alunos perspectivas sobre os caminhos que querem seguir no futuro”, afirma.

O Engenhoka é idealizado pelo diretor de projetos do Instituto Burburinho Cultural, Thiago Ramires, à frente de uma equipe multidisciplinar dentro e fora do Brasil. A linha do tempo que orienta o curso ficou a cargo da edtech Picode, especializada em cultura maker para fins pedagógicos. “Nossa ideia é diluir as fronteiras entre ciência e artes, desfazendo a crença de que são mundos opostos”, esclarece Ramires.

A seleção da parte artística cabe à curadora Fabiana Moraes. Carioca radicada há 20 anos na França, ela atua como gerente de projetos culturais na Secretaria de cultura da cidade de Amiens, onde reside. “Vamos relacionar arte e ciência a partir do conceito de movimento, que orientou as pesquisas científica e artística em alguns momentos da história no Ocidente”, diz Moraes.

Share.